Todos os tipos de óleos apresentados anteriormente não podem ter como destino pias, bueiros, ralos ou guias da calçada porque impactam negativamente o encanamento da sua casa e também poluem a água, além de contribuírem para morte de seres vivos.
No encanamento das residências, existe um equipamento chamado caixa de gordura que armazena gordura proveniente das pias. A caixa de gordura normalmente é feita de plástico PVC ou de concreto. O descarte incorreto na pia de óleo de cozinha usado provocará o entupimento dos encanamentos e acúmulo de gordura na caixa citada. Quando isso ocorre, é necessário um processo trabalhoso para limpá-la, além de realizar o mesmo processo nos encanamento. Por isso, evite ter esse trabalhão ao não jogar fora o óleo usado de cozinha na pia (conheça receita para desentupir o ralo de maneira sustentável).
A outra parte do óleo descartado que passou pelos encanamentos e não ficou retido na caixa de gordura, chega às redes que coletam o esgoto doméstico. É possível que o óleo siga por dois caminhos distintos: para uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), para um rio ou mesmo o mar. Para chegar a uma ETE, é preciso que o óleo misturado com água e outros resíduos passe por uma rede coletora – nesta passagem é que o óleo obstrui o fluxo de esgoto que iria para a ETE. Descartando o óleo indevidamente, você não só prejudica a estrutura do seu encanamento como também pode causar o refluxo do esgoto para outras residências.
Quando o esgoto sem tratamento chega a um rio, o óleo misturado ao esgoto irá poluir esse corpo hídrico, porém isso depende da carga de esgoto que o rio suporta. Para tratamento de esgoto, conte com profissionais da Desentupidora Curitiba.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) apresenta uma resolução que estabelece limites para lançamento de óleos vegetais e gorduras animais em corpos hídricos receptores de esgoto (efluente) de até 50 miligramas por litro (mg/L), sendo que a partir deste valor, o óleo de fritura polui mais 25 mil litros de água, o que já é um valor bem alto. O impacto causado pelo óleo é a diminuição de oxigênio dissolvido na água, por meio da atividade de micro-organismos que degradam o óleo e ao mesmo tempo consomem muito oxigênio – isso provoca a morte da fauna aquática.
Então, o que fazer com o óleo de cozinha? Após utilizar o óleo de fritura velho (de preferência em pouca quantidade), você pode armazená-lo em uma garrafa PET. Utilize um funil para facilitar a entrada do óleo na garrafa. Conforme for utilizando o óleo, vá armazenando desse modo e lembre-se de sempre fechar bem as garrafas para evitar vazamentos, mantendo também fora do alcance de crianças e animais de estimação que podem ser atraídos pelo cheiro do óleo ou pela simples curiosidade. Após preencher algumas garrafas PETs, procure empresas e ONGs especializadas neste tipo de coleta seletiva, assim como postos de entrega voluntária para descartar o seu óleo de forma correta.
A quantidade armazenada de óleo irá variar de acordo com o local em que você for realizar o descarte. Por isso, procure saber o local em que você irá descartar, para então obter a informação de quantos litros são necessários para realizar a entrega. Encontre aqui os postos para destinação correta de óleo mais próximos da sua residência.
Lembre-se que 50 mg de óleo provocam a poluição de mais de 25 mil litros de água. Mesmo que você utilize uma pequena quantidade de óleo de cozinha, é importante armazenar na garrafa PET, e não descartá-lo na pia, ralo ou bueiro.
Existe também a possibilidade de armazenar uma determinada quantidade de óleo (preferencialmente em uma garrafa PET) e fabricar o seu próprio sabão caseiro feito de óleo de cozinha.
O óleo descartado corretamente é utilizado para produção de biodiesel, sabão, tintas a óleo, massa de vidraceiro e outros produtos. Isso preserva matéria-prima, incentiva a reciclagem e evita que mais litros de óleo sejam descartados de maneira incorreta.
Portanto, para colaborar com a preservação do ecossistema, dê uma utilidade ao óleo usado: o reaproveitamento. Assim, você elimina o problema de um item que, apesar de biodegradável, é um poluidor e grande contaminante, e dá uma nova utilidade para ele, evitando que cause riscos à saúde. A sustentabilidade agradece.